DECISÃO IMPULSIVA DE BISPO MACEDO, AUMENTA CRISE ENTRE PASTORES POR CORTE DE BENEFÍCIOS
Em tempos de crise, a balança financeira de qualquer empresa sofre um enorme desequilíbrio. No caso da igreja Universal houve uma redução significativa dos dízimos e ofertas, por conta de denúncias nas redes sociais e, em decorrência da falta de emprego que assola o país.
No mundo corporativo, frente a esse cenário, muitas empresas decidem reduzir custos como medida essencial para se manter competitiva no mercado.
Por isso, é muito importante saber decidir quais custos cortar. Existem os gastos estratégicos, os necessários e os supérfluos.
Objetivando cortar gastos, nesta semana o bispo Macedo, líder da igreja Universal determinou que pastores casados dividissem imóveis com outros casais, como medida de redução de custos, já que com a rescisão de contratos não haveria mais aluguéis a serem pagos.
Decisão de moradia compartilhada causou revolta entre os pastores do baixo clero. Isso porque, os bispos da alta cúpula continuarão residindo com suas esposas e filhos em imóveis caros em condomínios de alto padrão e usando carros de luxo, ora doados nas chamadas fogueiras santas, ora comprados diretamente em nome da instituição.
Sem falar nas mordomias e regalias que os integrantes da família Macedo continuarão a desfrutar.
Medida adotada pelo bispo Macedo foi um ‘tiro no pé’. Qualquer empresa global do porte da Universal em situação parecida faria cortes com equidade.
Fazer cortes somente com os funcionários - nesse caso, leia-se pastores -, tem impacto direto na produtividade. A igreja perde, ao invés de economizar; pois os pastores percebem que a direção está os sacrificando enquanto mantém o luxo dos seus executivos da fé. Isso gera fraudes, revolta e desvios.
Nada adianta cortar itens essenciais de cozinha, limpeza, banheiro e escritório das igrejas que só atingem os fiéis e gastar valores impactantes mantendo carros de luxo, custeando viagens, apart-hotel, restaurantes de grife e altas comissões para quem é da liderança.
Aliás, quem ganha comissão é vendedor, não pastor. Pastor deve pregar a palavra de Deus, atender os pobres e necessitados, cuidar do seu rebanho. Não vender livros, jornais, revistas, cd’s, ingressos de filmes, rifas e etc.
Merece remuneração? Certamente, até porque como manteria a subsistência própria e de sua família?
Diferença é que o bispo Macedo criou uma política de remuneração para instigar, estimular o pastor a atuar como um departamento comercial da sua igreja, atingindo metas e recebendo comissões. Daí a loucura desenfreada de bispos e pastores para atingirem os resultados esperados; pois quanto mais o pastor arrecadar, mais chances têm de lucrar.
Não há uma receita pronta para o corte de gastos; mas se o ‘carro chefe’ do grupo econômico Universal é a igreja e não suas variadas empresas passou da hora do bispo Macedo e seus discípulos dar exemplo e cortarem na própria carne.
Venda as empresas que nada agregam de espiritual à obra de Deus. Sacrifiquem no altar os sítios-clubes usados para recreação dos pastores, venda os imóveis próprios de alto padrão pertencentes à cúpula, venda os carros de luxo utilizados pelos bispos e pastores e que não levam ninguém evangelizado para as reuniões das igrejas, invista os milhões de dividendos oriundos do Banco Renner e Hospital Moriah e certamente haverá uma recuperação econômica da igreja.
Ou será que na igreja Universal Deus só exige sacrifícios de obreiros, jovens, membros e evangelistas? Nesta fogueira santa, Deus não vai pedir nada, mas o povo deverá provar que é obediente e sacrificar.
Então, chegou a hora de fazer aquilo que se prega. Reconhecer as falhas, desperdícios e promover a renovação da fé. É o tudo da igreja, pelo tudo e o novo de Deus. É fazer mais, gastando e cobrando menos; até porque atualmente na igreja Universal parece que o ‘carrapato está mais gordo que o gado’.
Fonte: https://www.facebook.com/BispoAlfredo/posts/515276055650708
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