Construído com dízimos e ofertas dos fiéis da igreja Universal, o Hospital Moriah localizado no bairro nobre de Moema, zona sul da capital paulista não atende crentes pobres e povo carente. Atender paciente pobre não dá status para médicos, tampouco gera retorno financeiro para o grupo econômico Life Empresarial Saúde - também formado por doações dos fiéis e que atua há mais de uma década no mercado milionário de saúde suplementar-, cujo capital social ‘revelado’ é de R$ 80 milhões. Seus sócios proprietários são todos bispos da alta cúpula da igreja Universal, de Edir Macedo.
É muito triste esta situação, revelou uma fiel. Embora, antes de sua construção pastores divulgavam aos fiéis que a igreja tinha um enorme projeto para beneficiar o povo com a construção de um hospital moderno que atendesse com excelência membros, pastores e a população carente a preços acessíveis e, para tanto, necessitavam amealhar dinheiro suficiente para sua construção, na prática não foi isso que aconteceu.
A maioria dos cristãos da Universal é um povo pobre. Dependente do SUS. Não consegue ir a um hospital caro; mas contribuiu financeiramente acreditando em seu pastor que afirmava que os mais necessitados poderiam contratar plano de saúde. Aliás, o hospital se tornaria numa ferramenta de evangelização. Imaginem quantas almas seriam ganhas?
Segundo informações, o grupo de evangelização responsável pelos hospitais, sequer atua naquele local. Evangeliza apenas em hospitais públicos. Hoje, o Hospital Moriah compete com os hospitais Albert Einstein, Sírio Libanês, Oswaldo Cruz e Beneficência Portuguesa, todos com padrão de excelência em saúde, mas que atendem apenas a minoria abastada da população.
“Cada vida é única, preciosa e não é só matéria. Além do corpo, as emoções, o pensamento e a espiritualidade influenciam a saúde das pessoas. E é a harmonia desses fatores que favorece o processo de cura. Por isso, alinhamos tecnologia, arquitetura e um padrão inspirador”, disse sua diretora Eunice Higuchi durante inauguração.
Estabelecendo uma comparação com o nome do hospital e o monte onde Abraão subiu para sacrificar seu filho, a pedido de Deus, concluímos que mais uma vez o fiel da Universal foi compelido a sacrificar “seu tudo” sonhando em poder ter um tratamento de saúde de qualidade, mas ao final se decepcionou mais uma vez com a promessa que não se cumpriu.
Pelo visto, alguns pensam que: ‘Pobre serve para construir não para usufruir’. Mas, ai daquele que constrói o seu palácio usando da corrupção e meios ilícitos; que força seu próximo a trabalhar sem qualquer retribuição, tampouco lhe paga o salário. (Je 22:13).
Fonte: https://www.facebook.com/bispoalfredopaulo2016/posts/831735980550769