24/06/2017

O "ESCRITOR" EDIR MACEDO

Textos parcialmente corrigidos a parti de 24/03/17

Mensagem e foto recebidas
O "ESCRITOR" EDIR MACEDO
O bispo Macedo se gaba de ser um escritor best-seller, e que toda sua riqueza provém dos direitos adquiridos da venda de seus livros.
Curiosamente, o perfil típico de um membro da IURD é que lê pouco, quase nada, as obras que ele escreve.
Fiquei quase dez anos na IURD da minha cidade. De fato, vendiam-se muitos livros, na hora da oferta, mas muitos eram destinados para entregar para as pessoas, na evangelização.
Certo dia, fui na casa de uma membro antiga, ela tinha uma caixa enorme com vários livros, muitos repetidos, edições de um mesmo título, muitos nem lidos.
Para não dizer que nunca se lia nada, de vez em nunca faziam alguns "estudos" às quartas ou domingos, tanto do "O senhor e o servo", "O perfil do homem de Deus" quanto do "Como fazer a obra de Deus".
Na época, eu lia vorazmente esses livros. Achava que o mínimo que um membro de alguma instituição deve fazer é se inteirar do pensamento desse lugar.
Talvez foi essa uma de várias razões que me fizeram sair de lá. Havia um franco divórcio entre a "palavra escrita" e a "palavra falada".
Logicamente, os líderes do Força Jovem me desestimulavam, falando que ler demais os livros do bispo "era excesso de espírito religioso".
Ora, o pensamento da IURD é o pensamento do Edir Macedo. Ponto. E o pensamento do bispo, diga-se, é errático, contraditório, vacilante, além de mudar muito e
pouco se sustentar.
Os livros antigos do bispo são, digamos, os mais ou menos coesos. É engraçado que eles têm elementos em que, lidos, parecem que o bispo do passado está atacando o do presente, como se fossem duas pessoas totalmente contrárias.
Ou mais, lendo esses livros, achamos inclusive elementos para criticar as atuais palavras e condutas da igreja e até fazer alguém se libertar de lá.
Por exemplo, a primeira edição do "Estudo do Apocalipse", volume 1, me admiro que ele, em várias passagens, faça ataques às "igrejas dos dias atuais", entregues à apostasia e comprometidas com o sucesso econômico, uma verdadeira Jezabel.
Não seria esse o caso da IURD, hoje?
No livro "A libertação da Teologia", editado no início dos anos 1990, e há anos fora de circulação, há uma declaração corajosa, de que "às vezes, é preciso se rebelar de um sistema religioso para se servir a Deus". Ou seja, totalmente diferente do que se prega e pratica hoje, de "ter temor às autoridades espirituais".
Na época que eu ia à igreja, achava que houve duas "fases" na vida do bispo. Uma, ele era mais inspirado em escrever e pregar. Outra, mais recente, ele, mais empresário que pastor, apenas requenta os temas já abordados na primeira "fase". Mas acho que a situação é pior do que isso.
Os livros antigos do bispo, como "Aliança com Deus", "O poder sobrenatural da fé" e "Nos passos de Jesus", escritos nos anos 1980, são obras mais ou menos redondas porque descobri recentemente que não foram escritos por ele.
Isso mesmo.
Esses livros foram, na maioria, redigidos pelo pastor e teólogo, falecido em 2002, J. Cabral. Por muitos anos ele foi uma espécie de superintendente da Editora Gráfica Universal e se apresentava à mídia como teólogo e intelectual da igreja. Até se desligar anos antes de falecer.
Conta-se que o bispo Macedo tem uma dificuldade enorme com a escrita. O bispo então anotava uns tópicos, algumas ideias e o PR. J. Cabral desenvolvia.
Curiosamente, os livros mais recentes do bispo sobram em relaxo e faltam em profundidade. Repetem aqueles fracos jogos de ideias que ele faz em suas pregações, do tipo "quem não está dentro, está fora" e outras frasezinhas feitas e ocas e óbvias. E repisam em velhas teclas.
Para quem se gaba de uma forte formação teológica deveria mostrar , no mínimo, um certo traquejo com as palavras, uma certa coerência na maneira de pensar sobre Deus e sobre a fé.
É até possível crer que os títulos acadêmicos do bispo foram comprados. O que não é difícil de acreditar partindo de alguém que sempre declarou repúdio a toda forma de estudo organizado e conhecimento.
Grande abraço, Bispo Alfredo. Continue com seu trabalho abençoado de denunciar a hipocrisia e salvar os inocentes.
Se quiser, pode publicar na sua página. Ah, e pode me identificar. Sou Fernando Alves, São Paulo, ex-membro da IURD. Tenho algumas histórias e relatos, vou tentar passar à medida do possível. Vamos em frente!



Fonte: https://www.facebook.com/BispoAlfredo/posts/235207536990896

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