09/07/2018

Por que, todos pagam impostos e templos religiosos são isentos do pagamento de tributos?

Textos parcialmente corrigidos a parti de 24/03/17

Mensagem recebida

Olá Bispo Alfredo, tudo bem?

O texto que estou lhe encaminhando em anexo, tem o objetivo de gerar uma reflexão para futuro ajustes na legislação em vigor; pois, muita gente questiona porque todos pagam impostos e igrejas não?

Estou na IURD há vinte anos e não me lembro de ficar sabendo de tantas irregularidades e falcatruas nesses anos todos, como tenho visto agora.

Não é justo que o povo de Deus que crê e age a fé de acordo com a palavra, seja escravizado e surrupiado por alguns "homens de Deus', cujo interesse é apenas seu crescimento financeiro.

Somente uma gestão transparente com prestação de contas de forma pública, poderá minimizar os abusos cometidos pelos executivos da fé.

Se possível, divulgue o texto no seu Facebook, ou até mesmo produza um vídeo acerca do assunto. Assim, ficará mais fácil o entendimento e a reflexão sobre seu conteúdo.

Continue com as denúncias; pois Deus já está agindo e somente a verdadeira obra d'Ele subsistirá.

Forte Abraço!

Obreiro Anônimo.

“Quanto mais transparência, maior a credibilidade”.
Um lema muito empregado no mundo corporativo, também deveria ser aplicado pelas igrejas contemporâneas. Isso porque, a falta de transparência compromete a credibilidade e gera grande insatisfação.

Diante disso, surge a questão.
Por que, todos pagam impostos e templos religiosos são isentos do pagamento de tributos? Sabemos que eles pagam taxas de luz, água, internet, limpeza urbana, salários e encargos trabalhistas, mas ainda assim são isentos do pagamento de impostos.

A resposta está no artigo 150, inciso VI, da Constituição Federal que prevê que templos religiosos (católico, evangélico, budista, etc.) são organizações de interesse social e sem fins lucrativos.

De acordo com esse entendimento, os benefícios fiscais a que a lei garante, lhes permite usufruir do seguinte: Realizar aplicações financeiras livres de pagamento do Imposto de Renda e do IOF; Não pagar IPVA dos veículos que estiverem em nome da igreja;

Não pagar IPTU das igrejas cujos imóveis forem próprio ou alugados; Não pagar ITR dos imóveis rurais (sítios, chácaras, haras, etc.), que estiverem em nome da igreja, mas destinados a recreação; Não pagar ICMS sobre os livros, revistas e cd’s produzidos e vendidos pela própria igreja; além de outros benefícios mais.

Essa garantia é aplicada pelo fato de a lei entender que o objetivo principal das igrejas é evangelizar populações e promover o assistencialismo social. Mas, o que dizer daquelas igrejas que possuem para seu benefício próprio, empresas privadas, como: hospitais, hotéis, fazendas, escolas, bancos, partidos políticos e etc., que geram lucros e em nada beneficiam seu público interno?

Em séculos passados, essa regra era essencial para que o Estado (governo) não ingerenciasse e asfixiasse economicamente igrejas rivais da chamada igreja oficial (católica). No entanto, nos dias de hoje, isso já não é mais permitido, haja vista vivermos num país laico, onde a diversidade de credo religioso é respeitada. Portanto, tal regra já não é mais adequada.

Acontece que, temos visto líderes de igrejas que se transformaram em verdadeiros executivos da fé, televangelistas, com seus nomes inscritos na revista de milionários ‘Forbes’, comandando um império de templos e empresas privadas constituídas exclusivamente pela receita advinda do “suor do rosto” de cada um dos seus fiéis através de seus dízimos, sacrifícios e ofertas.

Aliás, no Brasil, a fonte de renda das igrejas inclui, além do dinheiro recebido diretamente dos fiéis, a venda de bens e serviços e os rendimentos com ações e aplicações financeiras.
Portanto, está na hora de refletirmos sobre uma eventual mudança na legislação em vigor, ou caso não seja possível, que se crie ferramentas de controle e transparência na gestão das igrejas.

Somente assim, poderemos fiscalizar se a receita obtida não está sendo desviada para finalidades diversas e se as ações implementadas estão trazendo resultados positivos ao crescimento do evangelho.

Essa é a melhor maneira de gerar transparência nas contas internas das igrejas, divulgando a seus membros e colaboradores, em planilha aberta, os custos reais com a propagação global do evangelho e a execução de obras sociais aos carentes e necessitados.
Só assim, a credibilidade gerará satisfação e mostrará que as igrejas estão comprometidas em realizar seu papel principal na sociedade e oferecer o melhor a Deus e aos seus fiéis.

Fonte: https://www.facebook.com/BispoAlfredo/posts/428014344376880

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