09/07/2017

Enquanto houver fé, haverá vida fora da IURD!

Textos parcialmente corrigidos a parti de 24/03/17

Mensagem recebida 
Meu nome é Débora sou da baixada santista.
Eu estava com 9 anos de idade quando minha mãe começou a frequentar a iurd, minha família era toda bagunçada, meu padrasto era traficante, minha irmã se drogava, enfim era um inferno então minha mãe foi atrás de socorro na iurd, a mudança foi muito rápida em menos de 5 meses já estavam todos dentro da igreja para a felicidade da minha mãe, e aparentemente libertos, logo todos foram levantados obreiros, eu fui consagrada a obreira com 11 anos"uma criança"e aí veio as responsabilidades eu era a obreira de destaque os piores demônios eu expulsava, orientava mulheres casadas sem ter nenhum tipo de experiencia, parei de estudar para poder participar das campanhas e comecei a trabalhar limpando casas e cuidando de crianças, o tempo foi passando e aos poucos as brigas dentro de casa foram voltando, me lembro uma vez chegamos da igreja e meus pais começaram a brigar e meu padrasto falou que ia botar fogo na casa com todos dentro, aquilo doeu em mim eu não estava entendendo mais nada pois eram todos obreiros, ai teve troca de pastor e o que chegou já logo me perguntou o que eu estava fazendo ali?era uma criança, sem estudos, só queria fazer a obra, ele me orientou e falou pra minha mãe que eu tinha que voltar pra escola, já estava com 14 anos quando isso aconteceu e voltei me senti um peixe fora d'agua eu olhava para aqueles adolescentes e os julgava como se eles estivessem endemoniados e eu era a perfeita pois não me misturava com ninguém, não demorou muito para a minha adolescência começar a falar mais auto, comecei a ter vontade de ir ao cinema com as meninas da minha classe, ir ao jogo de basquete, mas a minha consciência me repreendia falando que eu ia pecar, no caminho da escola conheci uma menina e os pais dela e começamos a ser amigas os pais dela sempre se deram muito bem, eram felizes e detalhe eram católicos, uma vez eu perguntei pra ela"seus pais não brigam a ponto de se agredir?ela riu e falou não, de vez em nunca eles discutem mais só isso.
Pra minha decepção comecei a enxergar a vdd, como pode meu Deus eles adoram imagens e são felizes e minha família toda te serve e não somos felizes???comecei a analisar a vida de todos os obreiros ali e pra minha surpresa todos sofriam, muitos ali passavam fome, na época era o pastor Claudinei Gomes um tirano que quando fazia reunião de obreiros muitos passavam mal pois ele era extremamente grosso e estupido.
Então tomei a decisão de entregar o uniforme, ele não aceitou pois eu não tinha cometido nenhum pecado, no outro dia voltei e entreguei alegando que tinha beijado um menino mas era mentira, eu só queria deixar de ser obreira, não estava mais me sentindo bem.
Continuei na igreja mesmo com minha família, obreiros e membros me olhando torto e mandando indiretas, não demorou muito meu padrasto tbm saiu da obra, depois meu irmão, ficou só minha irmã e minha mãe, com 16 anos conheci meu primeiro namorado e marido, eu não tinha maturidade para escolher bem e queria casar logo para sair de casa "daquele inferno" ele começou a ir na igreja cmg era um bom rapaz só não gostava de trabalhar, mas eu não via esse defeito, nos casamos e fui morar com ele, tive minha primeira filha e por dois anos estava tudo aparentemente bem, quando veio a primeira traição nossa como doeu, perdi o chão, senti que estava colhendo pelo fato de ter abandonado o altar, fui me orientar com a esposa e ela disse para eu ser de Deus e aceitar ele de volta pois era uma pomba gira na minha vida, e eu tinha que passar por isso, por 7 anos eu lutei pelo meu casamento dentro da igreja correndo o risco de pegar uma doença, eu fiquei totalmente presa a uma mistura de dor com ódio e culpa tudo que vc imagina eu senti, tinha medo pois eles viviam dizendo que todos os demônios que eu expulsei estavam nas minhas costas, fiz campanhas, jejuns e nada as coisas só pioraram, em 2010 tive uma infecção generalizada devido muitas pedras na minha vesícula, ela se rompeu e infeccionou meus órgãos, fique 2 meses em coma induzido sempre que eu acordava pedia para Deus me levar pois já estava cansada de sofrer, principalmente por sentir culpa de sair da obra, detalhe eu nunca recebi uma visita de ninguém da igreja nesses dois meses.
Ai eu me sentia muito pior, mas Deus me deu outra chance, eu me recuperei e algo dentro de mim mudou quando eu tive alta daquele hospital, eu saí definitivamente da iurd, pedi o divórcio, fui trabalhar sustentar meus filhos, fui ao cinema, fui ao Mc Donald com as crianças era um sonho, conheci meu atual marido, estamos juntos a 6 anos e ele é uma pessoa maravilhosa, ele é tudo que eu pedi para Deus um excelente pai, excelente marido, trabalhador, hj não passo mais necessidades Deus sempre me ajuda, tenho saúde, tenho paz, hj eu durmo se deixar eu perco a hora sou feliz, problemas tbm tenho, porém sei que tudo se resolve, e não tem essa que o diabo ta na sua vida, somos responsáveis pelas escolhas que fazemos, graças a Deus eu escolhi sair da iurd e ser feliz.
Hj só a minha mãe frequenta a igreja e tenho pena pois muitas vezes eu dou mantimento para ela se manter, meu padrasto se divorciou dela saiu da igreja, todos nós saímos só ficou ela, ela não vê que enquanto ela come arroz puro o pastor dela almoça nos melhores restaurantes dessa cidade.
Fui prisioneira dessa seita por 15 anos, a 7 anos estou liberta, e agradeço a Deus por isso.

Fonte: 
https://www.facebook.com/BispoAlfredo/posts/243179722860344

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